Páginas

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Amor é prosa

     O amor já teve um toque sagrado, a magia de uma inutilidade deliciosa, já foi um dsafio ao dia a dia que nos tirava da vida comum. Não existe maus o amante definhando de solidão, nem Romeus, nem Julietas, nem pactos de morte, não existe mais o amor nos levando para uma galáxia remota, a um eternidade semi religiosa. O amor tinha uma fome de compaixão pelo outro, de proteção à pessoa amada. O ritmo do tempo atual acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos medo de nos perder no amor, e fracassar no mercado. O amor pode atrapalhar a produção.
     Há uma obscenidade flutuando no ar o tempo todo, uma propaganda difusa do sexo impossível de cumprir. A sexualidade é finita, não há mais o que inventar. Já o amor, não...Amar exige coragem, e hoje somos todos covardes.
     O amor passa a buscar não mais uma entrega, mas um domínio. O amor vira um objeto de consumo, programado para durar pouco. Os casais se permutam num troca-troca rápido e quantitativo. As próprias mulheres estão cirando "D.Juans". Elas deviam se manter damas inatingíveis para pálidos quixotes românticos.
    Estamos com fome de amor cortês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário